A avaliação clínica foi realizada em três etapas: anamnese, avaliação estrutural (sem alimento) e avaliação funcional (com alimento).
Na anamnese, foram anotados dados de identificação e sobre o episódio cérebro-vascular: data, topodiagnóstico da lesão e resultados de exames de imagem; sobre o atendimento fonoaudiológico, local, queixas, caracterização da compreensão e uso ou não de prótese dentária.
Outros dados foram coletados no protocolo de avaliação de disfagia neurogênica em adultos:
1. Aspectos nutricionais e pulmonares: broncopneumonia e desnutrição.
2. Aspectos complementares: prazer alimentar - presença ou ausência.
3. Independência alimentar: alimentação por via oral total, parcial e com modificações da dieta ou por sonda.
4. Cognição: capacidade de atenção e respostas adequadas aos comandos verbais; baixo nível de atenção e respostas inadequadas ou sem respostas.
Na avaliação estrutural, foram observados21:
. mobilidade - ineficiente na presença de hipertonia ou hipotonia;
. sensibilidade - ineficiente: sem resposta ao estímulo ou sem reação ao toque;
. sensibilidade específica - ineficiente: sem reconhecimento gustativo;
. reflexos orais - ineficientes: hipo ou hiperativos;
. reflexos posturais - ineficiente: ausência de controle de tronco.
Na avaliação funcional, os aspectos foram classificados em eficiente, ineficiente e ausente, respectivamente:
Fase oral
Captação do bolo:
. captura de todo alimento do utensílio com precisão e sem escape;
. captura de forma inadequada ou parcialmente do alimento;
. sem captação do alimento.
Vedação labial:
. vedação labial com a permanência do bolo na cavidade oral;
. escape parcial do bolo ou inadequada vedação labial;
. sem vedação labial.
Preparo do bolo:
. alimento na boca, sendo possível verificar a ação da musculatura supra-hióidea, lateralização e rotação da mandíbula na mastigação;
. manutenção do alimento por grande período na cavidade oral, apresentando escape oral e incoordenação de língua;
. sem movimentação externa de preparo ocasionando estase prolongada.
Fase Faríngea
Elevação Laríngea:
. elevação laríngea simétrica e sem tremor;
. assimetria na elevação laríngea e/ou tremor;
. sem movimento de elevação laríngea.
Refluxo Nasal:
. evidência ou não de refluxo de alimento para a cavidade nasal.
Sinais clínicos de aspiração:
. presença ou ausência de sinal clínico de aspiração - tosse, engasgo, cianose, sonolência, fadiga ou dispnéia
Conteúdos para aprimoramento de estudantes e profissionais na Fonoaudiologia.
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